“O Opinião se parece comigo”, diz Mallu

Malublog

Mallu chega a Porto Alegre neste fim de semana, para subir ao palco do Opinião amanhã, dia 6 de abril. Antes de embarcar, ela conversou com a gente sobre a apresentação e aproveitou para relembrar os shows que já fez aqui.

O quanto a sua música “cresceu” do primeiro álbum, “Mallu Magalhães”, de 2008, até o atual, “Pitanga”?

Sinto que eu me aprofundei em mim mesma e tomei decisões determinantes. Descobri tanta coisa… Mas sabe, eu sempre fui assim, desde criança. Somos todos, né? Humanos, vamos envelhecendo…

A turnê de “Pitanga” passou por Porto Alegre no final do ano passado e lotou o Opinião. Há alguma relação especial com a cidade e com o público gaúcho?

Certamente. O Opinião se parece muito com minha personalidade intensa, vigorosa e explosiva. Me lembro de um show péssimo lá. Nem sei quando foi, mas me lembro mais ainda desta última apresentação. O público cantando tudo, gritando, chorando… Senti um sucesso, sei lá, uma parada meio histórica. Tem vezes em que baixa um santo gigante no artista e no público. Ficamos num transe em comum. Estava quente, lotado, vivo, faminto, isso é inesquecível. Acho que trabalho para isso. Sou operária desse santo que, sem aviso ou receita, aparece. Esse é o prazer, esse é o barato.

Naquela ocasião, você tocou versões inusitadas, como “Xote dos Milagres”, do Falamansa, e “Me Gustas Tu”, do Manu Chao. Como você escolhe essas músicas que acabam entrando no repertório? Há alguma possibilidade de tocar algo diferente nesse próximo show?

Há muitas coisas novas para o Opinião. Vou apresentar, inclusive, umas canções que tenho feito para um futuro álbum. E também versões de músicas de que gosto muito, como “All of Me” e “Elegia”.